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UFU e Barretos buscam tratamento personalizado para câncer de mama com hormonioterapia e biópsia líquida

Técnicas têm menos efeitos colaterais e são menos invasivas
por Jéssica Plífinar Vieira Florêncio
Publicado: 04/11/2024 - 15:24
Última modificação: 08/11/2024 - 13:43

Da esquerda para a direita, cientistas Yara Cristina de Paiva Maia, Alinne Tatiane Faria Silva e Carlos Eduardo Paiva. (Foto: Arquivo dos pesquisadores)

Cientistas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e do Hospital de Amor, em Barretos (SP), investigam o uso ampliado da hormonioterapia para tratar câncer de mama e a possibilidade de monitorar a resposta ao tratamento com exames de sangue, sem a necessidade de biópsias repetidas. O estudo se concentra em pacientes com tumores que respondem a hormônios (70% dos casos) e explora a hormonioterapia neoadjuvante, que reduz o tumor antes de cirurgias menos invasivas.

A pesquisa, orientada pelos professores Carlos Eduardo Paiva e Yara Cristina de Paiva Maia, está na fase clínica II e analisa pacientes pós-menopausadas com tumores HER2-negativos e receptores hormonais positivos. Utilizando o ensaio ANNE, os cientistas verificam a expressão do marcador Ki-67 após algumas semanas de tratamento com o medicamento anastrozol. Esse marcador ajuda a definir se o paciente deve continuar com a hormonioterapia ou migrar para a quimioterapia.

O projeto também pretende personalizar o tratamento, monitorando a resposta através de biomarcadores e exames de sangue, o que melhora a qualidade de vida dos pacientes ao reduzir os efeitos colaterais. Além disso, um início precoce da hormonioterapia, especialmente se apoiado em biomarcadores de resposta, pode otimizar o atendimento no SUS e encurtar o tempo até o início do tratamento.